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12-11-2015

Massacre de Santa Cruz: as feridas saram. A memória não se apaga



12 de Novembro de 1991. Díli. “Lembro-me que era uma segunda-feira. Às 7.15 horas, ouviu-se um raide de tiros. A universidade onde eu andava ficava ao lado de uma posto de militares indonésios que, quando os estudantes vieram ver o que se passava, apontaram as armas. Algumas horas depois, Dili era uma cidade silenciosa. Durante uma semana manteve-se assim. Uma cidade morta”. O relato de Hermegildo Costa sobre os acontecimentos do dia do massacre de Santa Cruz contam a versão de um estudante do primeiro ano da Universidade. É a visão de alguém que viveu aquele dia por dentro, ainda que fechado para o exterior. Apesar de se estar a passar tudo ali à sua frente, quando se refere àquele dia as memórias que evoca são sobretudo auditivas. Diante dos olhos de Hermegildo houve as armas apontadas pelos militares indonésios, e um período de clausura imposto.
O Timor do início dos anos 90 era muito assim. Fechado sobre si mesmo, sobre a ocupação indonésia, e sobre as armas dos militares à ordem de Suharto. Silenciada pelo regime imposto pela Indonésia, a resistência timorense fazia-se à custa da morte de aldeias e cidades inteiras. O resto do mundo, assistia, indiferente – por desconhecimento, sim, mas também por alheamento. Até que as imagens captadas por um jornalista inglês no cemitério de Santa Cruz chegaram ao ocidente. Terrificantes. Violentas. Cruas. De rajada. Como as metralhadoras que disparavam sobre jovens em pânico. Aí, o mundo acordou. Mas ainda demorou a levantar-se contra as atrocidades que perseguiam os timorense.


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